terça-feira, 22 de maio de 2018

Anne of Green Gables: A Graphic Novel - a minha review








Anne of Green Gables: A Graphic Novel, de Mariah Marsden, foi-me cedido pela Netgalley e pelo editor para que eu fizesse uma apreciação honesta deste livro. Não há de momento edição em português. Publiquei a minha opinião na Amazon e no Goodreads com 5/5 estrelas e a seguinte "review":



Written by Mariah Marsden
Illustrated by Brenna Thummler
Age Range: 7 – 12
Paperback: 232 pages
Publisher: Andrews McMeel Publishing (2017)
ISBN: 978-1449479602


Do you have a ten-year-old daughter (one or several around this age!), who likes to read, fantasize and be overwhelmed by irresistible characters? Do you want to introduce her to literary characters she can’t help but love? Do you want to share a magical reading moment between mother and daughter? If so, this book is for you.

This book is an adaptation of the classic Anne of Green Gables, the 1908 novel by Canadian author Lucy Maud Montgomery, transformed into a graphic novel.

This book is beautiful. I was so absorbed in it’s reading that I was surprised and sorry when it came to an end. In the end, it leaves you delighted. We return to the charm and the enchantment of Avonlea, the vibrant personality and imagination of Anne (always with an -e), her heartbreaking need to be loved and accepted in the beginning, the quiet, discreet love of Marilla and Matthew Cuthbert for the always extraordinary orphan, the faithful friend Diana, the teasing boy Gilbert Blythe.

This graphic novel respects and honors the original.

The illustrations are gorgeous, the colors beautiful, there are pages with only one illustration filling it like paintings, you go through the book marveled by its flowing.

However, I don’t know if this graphic novel version of the classic could stand alone, without the backup of the worldly known original book. The story is logically truncated, condensed by this art genre.

Yet, it’s a work of art in its own right.

I received this book as an ARC from the publisher and NetGalley in exchange for my honest review.


quinta-feira, 3 de maio de 2018

"Poema à Mãe" de Eugénio de Andrade



No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.


Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.


Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.


Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.


Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.


Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.


Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!


Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;


Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;


Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...


Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.


Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.


Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade

sábado, 28 de abril de 2018

Um poema e uma ilustração para o Dia da Mãe

Lin Wang








SÓ POR ISSO, MÃE


Mesmo que a noite esteja escura,
Ou por isso,
Quero acender a minha estrela.


Mesmo que o mar esteja morto,
Ou por isso,
Quero enfunar a minha vela.


Mesmo que a vida esteja nua,
Ou por isso,
Quero vestir-lhe o meu poema.


Só porque tu existes,
Vale a pena!

Lopes Morgado, “Mulher Mãe”

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A ouvir "Never Enough", da banda sonora do filme "The Greatest Showman": magnífica!


"Never Enough" é uma das canções mais lindas do filme The Greatest Showman. Um dos momentos altos do filme (já aqui falei de outro) é quando a actriz Rebecca Ferguson, no papel de Jenny Lind, num dos momentos mais intensos e apoteóticos do filme, deslumbra com a sua beleza e interpretação, ao "cantar" esta música:





Na verdade, surpreendentemente, a voz não é da actriz mas da cantora Loren Allred. Aqui fica a prova:



quinta-feira, 12 de abril de 2018

"Write Smart, Write Happy: How to Become a More Productive, Resilient and Successful Writer": a minha "review"



"Write Smart, Write Happy: How to Become a More Productive, Resilient and Successful Writer", de Cheryl St. John, foi-me cedido pela Netgalley e pelo editor para que eu fizesse uma apreciação honesta deste livro. Não há de momento edição em português. Publiquei a minha opinião na Amazon e no Goodreads com 4/5 estrelas e a seguinte "review":

"I’ll start to confess that I went to check how many books Cheryl St. John had published: the answer is dozens of them. She knows what she is talking about. She’s a prolific writer that was already getting published in the nineties.

This is not the usual book about the writing process, inspiration, emotion and momentum. This is not about the magic of creation. It’s about organized work and productivity. It's about showing up. It reminds me of some books about time management and setting goals. All this applied to creative writing, with multiple examples. Good book.

I received this book as an eARC from the publisher and NetGalley in exchange for my honest review".

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Livros têm a forma de portas: um poema / “Books are door-shaped”: a poem


Quint Buchholz



Tula [“Books are door-shaped”] 



Books are door-shaped
portals
carrying me
across oceans
and centuries,
helping me feel
less alone.

But my mother believes
that girls who read too much
are unladylike
and ugly,
so my father's books are locked
in a clear glass cabinet. I gaze
at enticing covers
and mysterious titles,
but I am rarely permitted
to touch
the enchantment
of words.

Poems.
Stories.
Plays.
All are forbidden.
Girls are not supposed to think,
but as soon as my eager mind
begins to race, free thoughts
rush in
to replace
the trapped ones.

I imagine distant times
and faraway places.
Ghosts.
Vampires.
Ancient warriors.
Fantasy moves into
the tangled maze
of lonely confusion.

Secretly, I open
an invisible book in my mind,
and I step
through its magical door-shape
into a universe
of dangerous villains
and breathtaking heroes.

Many of the heroes are men
and boys, but some are girls
so tall
strong
and clever
that they rescue other children
from monsters.

Margarita Engle

sexta-feira, 30 de março de 2018

Andrew Scott interpreta de forma magnífica as primeiras falas de Hamlet: "To be or not to be"







"Andrew Scott, as Hamlet, performs the opening lines of Shakespeare's most famous soliloquy".

BBCArts

Muito bom!

Poemas de ponta & mola





poesia & poesia


poesia pró coração
poesia procuração
poesia rissóis pra fora
poesia para a velhice
para atrasados mentais
e também prá parvoíce

poesia libidinosa
para acordar os chéchés
e pra outras coisas mais

a poesia cor-de-rosa
para corações doentes
de donzelas suspirosas
rosas rosas amarelas

poesia clorofilada
para lavagem de dentes

poesia para o natal
expressamente encomendada
e poesia natalícia
pró menino dos papás
a poesia necrológica

dum velhinho trucla zás

a poesia só formal
porque o poeta coitado
tem o vício de escrever


a poesia cautelosa
porqu’isto nunca se sabe


a poesia fadunchada
e uma fadista aluada


a poesia da borbulha
que passa depois daquilo


poesia obrigada a mote
a cavalo num poeta
sentado num burro a trote


a poesia pra que conste
dum poeta muito muito
muito muito muito bicha

poesia quinquagenária
duma jovem rapariga


poesia bordada à mão
dum ancião já sem pé


a poesia ao pé da mão
a poesia ao pé do pé


poesia encapada capada


poesia para tudo
poesia para nada




Mendes de Carvalho "Poemas de ponta & mola"
 
Via Bruaá Editora

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