sábado, 31 de julho de 2010

J.K. Rowling diz que há sempre tempo para ler


"I never need to find time to read. When people say to me, 'Oh, yeah, I love reading. I would love to read, but I just don't have time,' I'm thinking, 'How can you not have time?' I read when I'm drying my hair. I read in the bath. I read when I'm sitting in the bathroom. Pretty much anywhere I can do the job one-handed, I read".

J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter


Esta citação faz parte de uma entrevista que a autora deu à revista O, The Oprah Magazine.

Ao longo de quase toda a História, "Autor desconhecido" ou "Anónimo" era uma mulher

"For most of history, Anonymous was a woman.” 

 Virginia Woolf




Durante séculos as mulheres não tiveram direito à palavra. Nem sequer à educação que lhes desse a oportunidade de formar e expressar uma opinião. Nem falar em direito de voto ou de divórcio.

Quantas escritoras publicaram as suas obras com pseudónimos masculinos para que os seus livros pudessem ser editados e lidos com seriedade? As irmãs Bronté são um bom exemplo. E Jane Austen publicou Sensibilidade e Bom Senso em 1811 de forma anónima, onde a única menção de autoria era a ridícula expressão "By a Lady"!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

As bibliotecas em tronco nú...bronzeadas, musculadas... hum, hum / This (HOT) guy is (SEXY) talking about libraries :))))







Saiba mais em Bibliotequices.

Jodi Picoult escolhe cinco romances que considera marcantes


The best-selling writer handpicks five 20th-century novels that provoke, haunt, enchant, and upend her thinking (in the best way possible).

I think we have stories because they help us understand who we are. But there's a tendency to assume that a story must be ingested in a certain way, that it must mean one thing. So readers are always trying to ferret out the truth. I want to argue that this idea is a raging and utter lie. The reader brings as much to the book as the writer does: You're bringing your past, you're bringing your thoughts, you're bringing your future. It's my job as a writer to tell you a story that's going to take you away from whatever you're doing—your laundry, your kids, whatever—but that, to me, is the least important part. When I sit down to write a book, my goal is to make you ask yourself, "Why are my opinions what they are?" I'm not going to make you change them necessarily. You might if I've done a good job, but at the very least, you're going to ask yourself where you stand on a given issue. To me, the mark of a great book is that it can move a variety of people, even though each person is connecting in a different way. The purpose of a story is to be a crowbar that slides under your skin and, with luck, cracks your mind wide open. 


E os cinco eleitos de Jodi Picoult são:

1. The Great Gatsby
By F. Scott Fitzgerald

2.  Turtle Moon
By Alice Hoffman

3.  Out of Africa
By Isak Dinesen

4. First Light
By Charles Baxter

5. Life of Pi
By Yann Martel


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mais Jane Austen

Desta vez, Persuasão. Adorei ler o livro e ver o filme da BBC.


Os livros são mais do que para ler...






"….a good book can teach you about the world and about yourself. You learn more than how to read better; you also learn more about life. You become wiser. Not just more knowledgeable - books that provide nothing but information can produce that result. But wiser, in the sense that you are more deeply aware of the great and enduring truths of human life."


Mortimer J. Adler (How to Read a Book)
 
Via teachingliteracy

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Poesia, tempo e mar

(n. id.)


o tempo é a maré que leva e traz
o mar às praias onde eternamente somos

 Ruy Belo

A educação industrializada está a matar a criatividade

Sir Ken Robinson propõe de uma forma interessante e profunda a criação de um sistema educativo que acarinhe (em vez de minar) a criatividade.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A inflamação epidémica dos portugueses: a Portugalite



Entre as afecções de boca dos portugueses que nem a pasta medicinal Couto pode curar, nenhuma há tão generalizada e galopante como a Portugalite. A Portugalite é uma inflamação nervosa que consiste em estar sempre a dizer mal de Portugal. É altamente contagiosa (transmite-se pela saliva) e até hoje não se descobriu cura.


Miguel Esteves Cardoso, in A Causa das Coisas


(Pasta Medicinal Couto, 1950s)


Pois, nada fala da cura contra as Portugalites... É pena.


(Esta imagem foi retirada do blog Ilustração Portuguesa, que reproduz revistas portuguesas antigas. Precioso).



Educadores, pisem com suavidade os sonhos que as crianças depositam todos os dias a vossos pés

Um discurso brilhante sobre a necessidade de uma revolução na educação a uma escala global. A criação de um modelo personalizado de educação. A importância da criatividade  e da paixão pelo que fazemos:

"Sir Ken Robinson demonstra-nos de uma forma divertida e pertinente como é necessário fazer uma mudança radical -- de uma escola estandardizada para uma aprendizagem personalizada -- e assim criar condições para que as aptidões naturais das crianças possam desabrochar livremente".




Aqui fica a transcrição do lindíssimo final do discurso:

«I wanted to read you a quick, very short poem from W.B. Yeats, who's someone you may know. He wrote this to his love, Maud Gonne, and he was bewailing the fact that he couldn't really give her what he thought she wanted from him. And he says, "I've got something else, but it may not be for you."

 
He says this: "Had I the heavens embroidered cloths, Enwrought with gold and silver light, The blue and the dim and the dark cloths of night and light and the half-light, I would spread the cloths under your feet; But I, being poor, have only my dreams; I have spread my dreams under your feet; Tread softly because you tread on my dreams." And every day, everywhere, our children spread their dreams beneath our feet. And we should tread softly.»

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Comer bem, beber bem, LER bem...

«Num país onde se liga tanto ao "comer bem" e ao "beber bem", porque é que os amigos e familiares não começam a preocupar-se com quem não lê? Porque é que não se há-de dizer "Ela não anda bem, sabes? Ultimamente, tem estado a ler muito mal...". E já agora diga-se do país inteiro. Por alto, na diagonal, como quem treslê...»



Miguel Esteves Cardoso, in A Causa das Coisas
 
 
Via Assírio & Alvim

domingo, 25 de julho de 2010

A leitura enquanto vício, intoxicação, esquecimento



"Books are a hard-bound drug with no danger of an overdose. I am the happy victim of books".


Karl Lagerfield
 
"I sat before the fire in the Library—and read—almost a little wildly. I wanted to drug myself with books—-drown my thoughts in a great violet sea of Oblivion".


Katherine Mansfield (Notebooks)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Leitura solarenga

Pintura de Karin Jurick.


Não se esqueça do protector solar.

Ssshhhhh! Uma animação divertida na Biblioteca Uris



"Study-time cycles in Uris Library with 1920's style animation. A student project made at Cornell University in Lynn Tomlinson's Film 325 summer course".

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Uma viagem pelas bibliotecas públicas norte-americanas

“Best-sellers ou bestas céleres?": a relação entre a literatura e o marketing

A relação cada vez mais próxima entre a literatura e o marketing é o ponto de partida do debate “Best-sellers ou bestas céleres? Como se constrói um êxito editorial”, que vai reunir no sábado (dia 24), às 17 horas, no piso 3 do Dolce Vita Porto, diferentes agentes do meio editorial e livreiro com o objectivo de analisar as transformações ocorridas neste sector nos últimos anos.

O livreiro Antero Braga, o editor Francisco Madruga, o gestor de marcas Paulo Ribeiro e o escritor José Rodrigues de Carvalho são os participantes de um debate em que vão ser passados em revista temas como o peso crescente das grandes cadeias comerciais no circuito livreiro ou o recente fenómeno dos escritores por convite (figuras televisivas que escrevem best-sellers).

A sessão faz parte de “Cultura no Centro”, ciclo de debates sobre temas relacionados com as artes que se realiza mensalmente no Dolce Vita Porto .

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rui Zink responde a 5 perguntas sobre como aprender a ser escritor



É possível aprender a ser escritor, ou seja, é possível estudar para sê-lo? Há "técnicas" para isso?



R. Z.: É possível aprender e apreender técnicas, tal como é possível aprender a tocar piano ou a pintar ou a dançar. Naturalmente que dar o passo extra depende de algo que não se pode ensinar e que a pessoa tem ou não em bruto dentro dela. Mas o treino, a técnica e a teimosia ajudam, e não há artista digno desse nome sem nenhuma destas três coisas.



Qual é o seu primeiro conselho a um aspirante a escritor?


R. Z.: Ler e copiar, copiar muito. E, já agora, viver.




Concorda com o apelo à concisão de Saul Bellow? Onde termina uma narrativa literária concisa e começa uma listagem de frases ligadas por um mesmo tema?


R. Z.: Boa questão. Obviamente o apelo de Bellow tem uma batota: ele fê-lo depois de ter escrito prolixos calhamaços. Mas a busca da palavra exacta parece-me tão aconselhável como a busca da nota certa. Senão somos como aquele aluno a quem o professor pediu quanto eram 2+2 e que responde 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e fica espantado por chumbar, já que deu a resposta certa.



Um escritor principiante deve ousar experimentar novas estruturas narrativas ou deve ater-se às consagradas pela literatura?


R. Z.: E porque não ambas? Com peso e medida umas vezes, sem peso nem medida outras.



Ter um "estilo próprio" é coisa a acalentar como virtude ou é um vício de escrita a combater?


R. Z.: É um objectivo a acarinhar. Mas não serve de nada pensar muito nisso. Ou se chega ou não se chega. Só é escritor, para mim, quem alcança uma voz própria.



Excerto de uma entrevista concedida pelo escritor à revista brasileira Samizdat, em 15 de Outubro de 2008.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cinco citações de Rui Zink sobre a escrita



1. Os escritores não podem cair na armadilha de dizer o que acham que o leitor quer ouvir – isso é tarefa de político.



2. “Qual o sentido do dito ‘ler é escrever, escrever é ler’?” A leitura é um prolongamento, por letras, de um acto que fazemos desde o nascimento até à morte: ler o mundo, ler os sinais, unir os pontos no desenho, não para atingir o desenho que o autor imaginou, mas um outro, sempre um outro.
 
3. A escrita é íntima, a publicação não. Se acho que uma pessoa tem talento para cantar, aconselho-a tentar gravar um disco, pois é simpático partilhar. Além de que, publicando e tendo eco (aplausos, bombons, dinheiro), a pessoa tem incentivo para trabalhar mais e crescer.



4. Tal como eu não posso pintar a cor verde com tinta vermelha, também não posso imaginar sem ser a partir da pessoa que sou e fui. O que somos é a matéria-prima a utilizar, mas obviamente que é apenas o trampolim, não o salto. E todos nós já lemos livros em que tivemos a percepção de que o escritor não fazia ideia do que estava a falar e nos soaram a falso, não é?



5. Um autor é livre de escrever sobre o que quiser com o seu tempo livre. E uma pessoa não escreve sobre o que quer, escreve sobre o que pode. Há assuntos sobre os quais eu gostava de versejar, mas sinto/sei que não consigo. Felizmente, com sorte, aparece sempre alguém que o faz melhor.



Retiradas da entrevista do escritor à revista brasileira Samizdat, em Outubro de 2008.

Agradeço a João Miguel Alves (no Facebook) a informação. :)

domingo, 18 de julho de 2010

Vraiment, Paris nunca foi tão romântico!

Le fabuleux destin d'Amelie Poulain: um filme belíssimo e absolutamente original. e a música é soberba!




Adoro o álbum de fotos dele e o jogo entre eles, as pistas que vão deixando...






Vraiment, Paris nunca foi tão romântico!

Saiba mais AQUI.

A minha irmã em palco



O talento de quem amamos abençoa-nos.

Chego agora de alma cheia. Depois de ver a minha irmã em cima de um palco. Já não é a primeira vez, nem sequer a segunda, mas a sensação é sempre a mesma. Transbordante de emoção e orgulho. Venho de a ver não como a pessoa que amo e reconheço como minha irmã mas como outras que me são estranhas: é a magia do teatro. Vi-a crescer como pessoa (como é a minha irmã mais nova, vejo-a literalmente crescer desde o dia em que nasceu), como mulher, como bailarina e agora como actriz. Privilégios que a vida nos dá. :)

sábado, 17 de julho de 2010

Saiba como Saramago escreveu O Ano da Morte de Ricardo Reis

Em 1998, José Saramago entregou à Biblioteca Nacional um conjunto documental que incluia manuscritos de algumas das suas obras, incluíndo O ano da morte de Ricardo Reis (editado em 1984) que "quer pela importância do livro no contexto da produção literária saramaguiana, quer porque os materiais preparatórios, incluindo uma agenda de 1983 adaptada ao ano de 1936, permitem analisar a metodologia adoptada na elaboração dos seus romances, bem como as correcções e aperfeiçoamentos que introduzia nos dactiloscritos, ao tempo em que ainda utilizava máquina de escrever".

Sobre a agenda cito a referência bibliográfica da fantástica agenda:

Saramago, José, 1922-



[O ano da morte de Ricardo Reis : materiais preparatórios : agenda / José Saramago].-[1983].-[271] p. em 142 f. ; 21 x 14,4 cm


Nota(s): Autógrafo. - Agenda azul, de 1983, de capa dura, escrita a tinta azul, com riscados e sublinhados a marcador verde. Os dias da semana estão emendados pelo próprio autor, fazendo-a corresponder a uma agenda de 1936. Contém anotações diárias retiradas da leitura da imprensa da época, sobre a vida quotidiana e política : boletins meteorológicos, vencimentos de escriturários ou contínuos, a falta de carne em Lisboa, nomes de sabonetes e de produtos de cosmética, falecimentos de figuras da cultura portuguesa ou estrangeira, espectáculos de teatro ou musicais, com locais e preços, numerosas referências aos principais acontecimentos históricos ocorridos em Portugal, Espanha e também na restante Europa durante o ano conturbado de 1936, período em que decorre a acção do romance. A agenda tem junto 1 folha solta, pautada, com um esboço da Península Ibérica e algumas notas, bem como os duplicados de 4 senhas de leitura da Biblioteca Nacional, requisitando o autor para consulta, em Janeiro e Outubro de 1983, os periódicos «Diário de Notícias», «O Século» e «Ilustração», dos anos de 1935 e 1936.


BNP Esp. N45/6

O corpo documental que Saramago entregou à BN é composto por 210 documentos e  encontra-se integralmente digitalizado e disponível AQUI. Deixo também a hiperligação directa para a agenda e outros materiais preparatórios do romance O Ano da Morte de Ricardo Reis.

Um tesouro que achei através do blogue Babel/Livros do Mundo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Os filhos são uma riqueza mas os pais, em Portugal, estão cada vez mais pobres!

Rahim Baggal Asghari,
cartoonista iraniano


Que o diga eu que sou mãe de três filhos pequenos!!!

E que passo quase diariamente pela obra megalomana do novo Museu dos Coches. Sou bibliotecária, logo vivo da e para a Cultura mas não percebo como se estão a gastar milhões do NOSSO dinheiro para as "charretes" quando não temos creches suficientes para os nossos filhos.

Como não há vagas nas creches estatais e não podendo ficar em casa com eles porque não se sustenta um agregado familiar de cinco pessoas com apenas um salário, temos de pagar uma mensalidade upa upa (no meu caso, três mensalidades).

Oh Sócrates, não vejo razões para se congratular!!!  Não é porreiro pá!


"Ter filhos faz toda a diferença. As famílias com crianças a cargo são muito mais atingidas pela pobreza do que as que não têm prole, mostra um estudo ontem publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que analisou os rendimentos de 2008.



Por outro lado, a taxa de pobreza geral nacional recuou para 17,9% do total. Vários observadores dizem que tudo isto vai piorar pois o inquérito do INE ainda não conta com a recessão de 2009, nem com as sombras recentes que voltaram a pairar sobre a economia e o mercado de trabalho. A desigualdade extrema também está a aumentar.


Desde 1995, pelo menos, que a disparidade entre a pobreza das famílias com filhos e as outras não era tão elevada, mostra o estudo. Os agregados com filhos, sobretudo os que têm dois ou mais, estão a ser cada vez mais fustigados pelo fenómeno da pobreza. Ser pobre, diz o INE, é quando um adulto residente no país tem de viver com 4969 euros por ano, cerca de 414 euros por mês.


Já se sabia que com filhos tudo pode ficar mais difícil. Os encargos são maiores. Mas nunca nos últimos 14 anos a penalização foi tão grande como agora. Isso mesmo contamina a taxa de natalidade que está cada vez mais baixa. De acordo com o INE, em 2009 nasceram 99,5 mil bebés, um mínimo de muitos anos e a taxa de natalidade (crianças nascidas por cem habitantes) caiu para 9,4. Por isso, quem tem filhos fá-lo cada vez mais tarde. Também aqui a tendência é para protelar essa decisão.


As estimativas mais detalhadas do INE mostram, por exemplo, que as famílias que decidem ter apenas uma criança até registam um retrocesso no indicador da pobreza. Mas, à medida que a prole aumenta, a situação torna-se mais delicada e o risco de pobreza sobe de forma inequívoca: sobe uma décima (para 20,7% do total no conjunto dos agregados com um casal e duas crianças e aumenta dramaticamente (de 31,9% para 42,8% do total) no caso dos casais com três crianças ou mais.


Ontem, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, José Sócrates, congratulou-se pelo facto de, no que respeita à pobreza e às desigualdades, os números serem hoje os menores desde 1995. Mas esse será um facto extraordinário, tendo em conta a quebra prevista do rendimento disponível e o agravamento estrutural do desemprego".

Excerto de notícia publicada hoje no ionline.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

SHOWCASE - UMA NOITE DE CENAS


O Estudio John Frey Para Actores, apresenta uma composição de cenas e monólogos, trabalhados pelos actores durante o curso de 2009/2010.


15, 16 E 17 DE JULHO AS 21H30
Está a decorrer neste momento o primeiro espectáculo mas ainda tem a noite de Sexta ou Sábado.

ENTRADA LIVRE
AUDITÓRIO CAMÕES
RUA ALMIRANTE BARROSO, em Lisboa METRO PICOAS/SALDANHA


SCENES AND MONOLOGUES:



"American Buffalo" - David Mamet (Scene)
Actores: Miguel Rufino and Ricardo Vaz Trindade




"On the Waterfront" - Budd Schulberg (Scene)
Actores: João Vilas and Luis Nascimento



"A Streetcar Named Desire" - Tenessee Wiliams (Monologue) "The Dreamer exames his Pillow" - John Patrick Shanley (Monologue)
Actores: Joana Saraiva and Sofia Briz




"Doubt" - John Patrick Shanley (Scene)
Actores: Cristina Sousa and Sofia Povoas




"Closer" - Patrick Marber (Scene)
Actores: Maria Faleiro and Sofia Briz




"The Eternal Sunshine of the Spotless Mind" - Charlie Kaufman (Scene)
Actores: Inês Tarouca and Ricardo Vaz Trindade




"The Wool Gatherer" - William Mastrosimone (Monologue); "Blackouts" - Gary Lennon (Monologue) (Three monologues)
Actores: Carol Vieira, João Vilas and Patrícia Castello Branco



"Hurlyburly" - David Rabe (Scene)
Actores: Carol Vieira and Patrícia Castello Branco




"Pick me, choose me, Love me" - Shonda Rhimes (Monologue); "Saving Private Ryan" - Robert Rodat (Monologue)
Actores: Maria Faleiro and Miguel Rufino



"Frankie and Johnny in the Clair the Lune" - Terence MacNally (Scene)
Actores: Joana Saraiva and Luís Nascimento



"Danny and the Deep Blue Sea" - John Patrick Shanley (Scene)
Actores: Inês Tarouca and João Vilas



"Closer" - Patrick Marber (Scene)
Actores: Carol Vieira and Miguel Rufino



ACTORES:


Carol Vieira, Cristina Sousa, Inês Tarouca, Joana Saraiva, João Vilas, Luís Nascimento, Maria Faleiro, Miguel Rufino, Patrícia Castello Branco, Ricardo Vaz Trindade, Sofia Briz, Sofia Povoas.
 
 
O nome sublinhado a azul é o da minha mana, uma das actrizes em palco. Tenho que verter aqui o meu orgulho transbordante.

Rui Zink, sempre irreverente: a entrevista à Livros & Leituras

Aqui ficam excertos da entrevista que Rui Zink deu à Livros & Leituras (revista que eu gosto particularmente, agora com site muito apelativo):

"Ler torna-nos melhores, disso não tenho dúvida. O que não quer dizer que nos torne “bons”. Haverá sempre brutos, mas acho que um racista que leia, por exemplo, “A cor púrpura”, pode pensar duas vezes na sua tara. Ler implica empatia com as personagens, compreender os motivos dos outros, as suas paixões, as suas formas de estar na vida. Informa-nos, sem gritarias, que somos todos diferentes mas parte de um mesmo molde".

L&L – Diria que os livros são um território sagrado na era da Informação?

RZ – Bom, actualmente o templo está um bocado ocupado pelos vendilhões… Mas alguns livros (muitos, na verdade) ainda são um espaço de resistência à ditadura do esquecimento. Temos de viver o presente, mas viver só no presente é redutor, empobrecedor, estupidificante. A leitura, pela sua lentidão, recato, recusa do imediato, é um bom antídoto contra a voracidade do imediato. Ao contrário dos bois e das vaquinhas, nós vivemos em simultâneo no presente, passado e futuro, somos animais imaginativos. Mas andam a querer transformar-nos em ruminantes…

L&L – A irreverência, a ironia e o humor podem ser uma forma de arte, ou são apenas uma maneira de estar perante a vida e perante os outros?

RZ – Nem uma coisa nem outra, são instrumentos, parte do trabalho de escrever e da arte de viver. Sem elas tanto a literatura como a vida ficam mais pobres. Mas não são um fim em si, apenas componentes para melhor afinar o motor. Ajudam a ser-se livre, e aconselho a toda a gente o seu exercício moderado.
(...)
L&L – O medo de, muitas vezes, dizer abertamente o que se pensa é uma consequência da vida em sociedade. Acha que há censura ou autocensura por parte de alguns escritores?

RZ – Acho que há autocensura provocada por vários factores. Indico alguns: o desejo de sucesso leva a perseguir o gosto dos leitores, o medo de ser censurado (isto é, o jornal não fazer a criticazinha) leva-nos a lamber as botas aos difusores, as mudanças no modelo editorial podem mesmo levar a mudar estilo e temáticas. Este assunto é extremamente interessante, mas duvido que haja muito interesse em discuti-lo. A verdade é que os escritores não são diferentes das restantes pessoas: uma boa fatia não prima pela coragem nem pela independência.


L&L – “O escritor que gosto de ser e os que gosto de ler são os que colocam o leitor desconfortável”. Pode explicar esta sua afirmação?
RZ – Para dizer o que nós pensamos e dizemos já existem as telenovelas, formato conformista por excelência, mesmo quando os seus argumentistas são excelentes profissionais (e até capazes de, em livro, fazerem diferente). Um livro, como não depende da publicidade nem de rios de dinheiro, pode ir noutra direcção: a de levar o leitor “por mares nunca dantes navegados”. E é claro que à primeira uma pessoa estranha. É mais confortável ir ao meu café de bairro, onde vou todos os dias e já sei que sou bem tratado e comento o futebol com o sr. Abreu. Mas às vezes vale a pena ir até uma cidade desconhecida, onde temos dificuldade em perceber o que dizem, não reconhecemos as ruas, não conhecemos os costumes. Essa cidade tanto pode ser Paris como o Rio, Tóquio, Veneza, Bombaim ou Nova Marte. O que é melhor? Nunca sair do café do bairro ou ir de quando em quando visitar outras cidades, outros mundos, outros modos de dizer as coisas?"


Leia tudo AQUI.

terça-feira, 13 de julho de 2010

D. Quixote vai nú!




D. Quixote: uma pérola simultaneamente literária, por Cervantes, e pictórica, por Marcel Pajot.

"Don Quichotte et des Moulins"
A célebre batalha com os moinhos, perdão, gigantes!


"Don Quichotte - Moulins et Sortilèges"
Oh, literato traseiro ao léu!


"Don Quichotte, un Rêve de Gloire"
O descanso do guerreiro sobre um leito literário. E um sonho de glória:

"O sonho é o alívio das misérias dos que as têm acordados".

"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade".


Um belo pormenor.


" Les Yeux bleus "


" Don Quichotte "


"Don Quichotte - La Bibliothèque"
A biblioteca.



Há mais pinturas quixotescas, de uma beleza grotesca mas irresistível no site deste formidável pintor.



"Moinhos ao vento
Quixote e Dulcinéia
no pensamento"

                    Carlos Seabra


"Só mesmo um personagem como este (Dom Quixote)e uma história como esta, para nos exporem à nossa própria e invencível contradição: queremos a sensatez que nos protege, mas não resistimos à loucura que arrebata. E, por isso, inventamos a arte, que nos permite experimentar a loucura sem correr o risco de irmos parar num hospício."



Ferreira Gullar sobre Dom Quixote de la Mancha

A escrita enquanto necessidade, introspecção e criação

Vladimir Kush


"Go into yourself. Find out the reason that commands you to write; see whether it has spread its roots into the very depths of your heart; confess to yourself whether you would have to die if you were forbidden to write.



This most of all: ask yourself in the most silent hour of your night: must I write? Dig into yourself for a deep answer. And if this answer rings out in assent, if you meet this solemn question with a strong, simple “I must,” then build your life in accordance with this necessity; your whole life, even into its humblest and most indifferent hour, must become a sign and witness to this impulse. Then come close to Nature. Then, as if no one had ever tried before, try to say what you see and feel and love and lose...



...Describe your sorrows and desires, the thoughts that pass through your mind and your belief in some kind of beauty - describe all these with heartfelt, silent, humble sincerity and, when you express yourself, use the Things around you, the images from your dreams, and the objects that you remember. If your everyday life seems poor, don’t blame it; blame yourself; admit to yourself that you are not enough of a poet to call forth its riches; because for the creator there is not poverty and no poor, indifferent place. And even if you found yourself in some prison, whose walls let in none of the world’s sounds – wouldn’t you still have your childhood, that jewel beyond all price, that treasure house of memories? Turn your attentions to it. Try to raise up the sunken feelings of this enormous past; your personality will grow stronger, your solitude will expand and become a place where you can live in the twilight, where the noise of other people passes by, far in the distance. - And if out of this turning-within, out of this immersion in your own world, poems come, then you will not think of asking anyone whether they are good or not. Nor will you try to interest magazines in these works: for you will see them as your dear natural possession, a piece of your life, a voice from it. A work of art is good if it has arisen out of necessity. That is the only way one can judge it."

"Bibliotecas devem evoluir na WEB"

"Convergência de mídias e novos dispositivos de acesso ao conhecimento, como e-readers, exigem mudanças na forma de sistematizar conteúdo




As possibilidades de acesso à informação trazidas pelas novas tecnologias de informação e comunicação estão modificando de forma radical a relação das pessoas com a leitura e o conhecimento. O acesso aos mais diversos conteúdos é potencializado através da pesquisa em sites, especializados ou não, de qualquer lugar do mundo, bem como de livros virtuais (os e-books), com crescente disponibilização para download e agora portáteis graças a aparelhos como o Kindle.


A oferta de leitura e de conhecimento passa a ter um alcance sem precedentes, e o consumo de informação também se expande, até devido ao cuidado crescente com educação, que passa a ser levada mais a sério nos países que ainda não são de primeiro mundo. Nesse contexto, as bibliotecas percebem a importância de uma evolução rumo a um futuro mais digital – sem deixar, no entanto, que a tecnologia comprometa a sua essência.


O futuro do conhecimento está na internet, como plataforma, defende o professor e pesquisador Marcos Galindo, coordenador do departamento de ciência da informação da UFPE, que congrega os cursos de biblioteconomia e gestão da informação. “O rio corre para o mar, e o mar da gente hoje é a internet. O mar da biblioteca e do conhecimento está na internet”, pontua.


No Laboratório de Tecnologia da Informação da UFPE (Liber), Galindo coordena um projeto de digitalização de arquivos, norteado por dois eixos fundamentais: a preservação de conteúdos e a disponibilização para o acesso na rede. “O que a gente tem pensado para isso é desenvolver projetos que combinem a preservação e o acesso à biblioteca pública. Não se pode pensar em uma iniciativa de modernização nas bibliotecas com uma ação conservadora”, diz o pesquisador.


Galindo é um entusiasta do poder de multiplicação da internet. “Antigamente, a gente guardava a informação. Se um livro era raro, você guardava ele. As pessoas se ufanavam de possuir coisas raras. Hoje, ao contrário, as pessoas se ufanam quando dão acesso. Observe que as bibliotecas têm milhares ou milhões de acessos. Quanto mais acesso você tem, mais gente está visitando, mais o que você faz tem sentido.”


Para o especialista em gestão da informação, mais do que a plataforma em que o conteúdo é oferecido, o fundamental é que seja mantida a função social das bibliotecas, isto é: guardar conhecimento, recuperá-lo, levá-lo para a sociedade, gerar novos conhecimentos e preservá-los num sistema de informação para gerações futuras. Por isso ele entende que as bibliotecas existentes na web são como quaisquer outras bibliotecas, só que com um grau maior de evolução tecnológica. “Qual é a diferença entre o Google e aquela biblioteca de cinco mil anos atrás, feita em tabuletinha, em Nínive, na Mesopotâmia, onde hoje é Bagdá? Para mim, é só a tecnologia. Biblioteca digital é uma biblioteca”, interpreta Galindo.


Regina Fazioli, coordenadora da Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo (BVSP) e consultora em gestão do conhecimento, entende que as bibliotecas físicas têm que adaptar a própria atuação para atender melhor às necessidades das pessoas. “Penso que as bibliotecas públicas estão ficando para trás. Elas não estão alcançando as pessoas para fora de seus muros. É importante não ficar restrito aos espaços físicos”, diz.


Fazioli defende a utilização de ferramentas antenadas com a nova era do conhecimento, em desenvolvimento. Esse é um dos preceitos que guiam o trabalho da BVSP (veja matéria abaixo). “A biblioteca física deve se preocupar com outras instâncias da transferência de informação, como forma de potencializar a sua vocação de centro de informação, construção de conhecimento e vivência”, aponta.


Em Pernambuco, o projeto Sesi Indústria do Conhecimento, que tem abrangência nacional, promove a implantação de centros multimídias que oferecem à população pesquisa e prática de leitura em diversas mídias. São dez as unidades no Estado, e outras quatro estão por vir.


Coordenador do projeto, Leonardo Roque destaca que as novas tecnologias, apesar de promoverem mudanças na relação das pessoas com a informação, não ameaçam o futuro das bibliotecas comuns. “Sou da opinião que, embora a tecnologia vá provocar profundas mudanças na forma como as bibliotecas prestam seus serviços, unidades tradicionais ainda serão necessárias ao desenvolvimento humano”, afirma.


Roque, no entanto, destaca que não se trata apenas de tecnologia. É preciso que os profissionais estejam preparados para relacionar as diferentes possibilidades de acúmulo de conhecimento. “Enquanto a tecnologia encanta com seus recursos e visual hi-tech, precisamos apresentar os livros como instrumentos que abram portas para novas aventuras e oportunidades e não só como materiais meramente didáticos e para estudos”, defende".



Fonte: Política Nacional para Conteúdos Digitais via Paulo Izidoro no Facebook

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Social Media in Plain English: com legendas em português e gelados de todos os sabores

A diferença entre um sim e um não

Imagem via Design Sponge


"In the space between yes and no, there’s a lifetime. It’s the difference between the path you walk and the one you leave behind; it’s the gap between who you thought you could be and who you really are; its the legroom for the lies you’ll tell yourself in the future."



Jodi Picoult, Change of Heart

Dispositivos digitais de leitura ainda sem o conforto do livro impresso

Uma pesquisa de Jakob Nielsen conclui que os leitores preferem um iPad ou um Kindle em relação a um PC mas o melhor, o MELHOR, continua a ser o livro impresso:


 
"Para a pesquisa, foram utilizadas 4 dispositivos de leitura: livro impresso, iPad, Kindle e PC, variando a leitura de cada um entre 24 usuários. Trata-se de um número pequeno, verdade; então, não se trata de uma pesquisa extremamente confiável, mas que nos proporciona alguma ideia da velocidade de leitura.



Por isso, ao demonstrar uma diferença percentual baixa, não foi possível determinar a maior velocidade de leitura entre o Kindle e o iPad. No entanto, as diferenças tanto de um quanto de outro em relação ao livro impresso era grande. Dai tira-se a conclusão: os tablets (considerando como tablet o Kindle e o iPad) ainda não alcançaram os livros impressos em relação à velocidade de leitura.



Por outro lado, a satisfação dos usuários com cada dispositivo empatou em todos, com excepção do PC. De uma escala de 1 a 7, o iPad, Kindle e livro impresso tiveram 5.8, 5.7 e 5.6 respectivamente. Já o computador pessoal teve a pequena média de nota 3,6. Além disso, os usuários disseram que ler num livro impresso era mais relaxante do que utilizar dispositivos eletrônicos, enquanto no PC era desconfortável por lembrá-los de trabalho".


Saiba mais AQUI.

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